segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reflexão sobre o papel do professor

Pensando na minha prática e no meu papel enquanto educadora, o PEAD certamente teve um papel fundamental em cada mudança. Hoje, acredito que o professor ideal é aquele que interage com os alunos, se comunica, e se junta ao aluno na aventura que é descobrir o novo. Porém sabemos que a realidade é bem diferente, ainda temos muitos professores presos ao passado, e embora tenham cursado até mesmo as melhores faculdades, suas teorias estão longe de uma prática educativa centrada no aluno e em suas experiências. Convivo com muitos professores que passam o dia reclamando e falando o quão árduo é o dia de trabalho, que os alunos não querem aprender. Muitas vezes me pego analisando tais colegas e pensando o que será que estão fazendo ali, se desacreditam na educação e no futuro das nossas crianças. O que será que fazem para despertar o interesse do seu aluno? Será que despertam neles o gosto pelo saber?

Este é o grande desafio de cada educador hoje: despertar no aluno a curiosidade, o gosto pelo aprender. Não é ensinar respostas, é ensinar à pensar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eixo VI, filosofia e o conhecimento

Ainda no eixo VI, na interdisciplina de Filosofia, de acordo com os textos de Kant e Adorno, é incontestável o fato de que somente através do esclarecimento e de uma educação reflexiva é possível que o homem se torne um verdadeiro homem, capaz de saber discernir o certo do errado, o bem do mal. E que a única maneira de avançarmos contra o caráter manipulativo da sociedade atual é a autonomia, a reflexão e autodeterminação do sujeito, no sentido de compreender os acontecimentos históricos do passado e relacioná-los às consequências na sociedade de hoje criticamente. Para tanto, como diz Kant, não é suficiente treinar as crianças, é preciso que aprendam a pensar.

Assim, se corretamente utilizada, a informática educativa, pode ser excelente aliada do professor, na medida em que o seu desejo seja de tornar-se um facilitador do aprendizado, conduzindo os alunos, de forma individualizada, à busca própria do conhecimento. O quadro-negro substituído pela tela do computador, e o giz pelo mouse. O mundo real se transformaria na realidade virtual das telas do computador, abertas à exploração livre do aluno. Desta forma, a escola deixaria de ser o ambiente chato, obsoleto, ultrapassado, e assemelhar-se mais ao mundo que a criança realmente vivencia fora da escola, cercada de estímulos visuais.

Estudos sobre Piaget e a aprendizagem na informática

No eixo VI, na interdisciplina Psicologia II, os estudos sobre Piaget e suas concepções sobre o processo de aprendizagem, são certamente condizentes com o objetivo que é proposto no uso das Tics na educação, visto que a informática não se resume em um computador centralizado num laboratório da escola, com a finalidade de conectar-se à internet ou para ensinar a usar um editor de texto ou uma planilha de cálculos. A informática é aquela que vai estar presente na sala de aula, mediada pelo professor, para apresentar complemento às atividades desenvolvidas em sala de aula utilizando algum computador e softwares específicos para auxiliar as atividades de geografia, história, matemática, etc..., utilizando softwares específicos dessas disciplinas para propor ao aluno um modelo diferente de aprendizado. Modelo este que, assim como as concepções de Piaget, se constrói através da ação, a partir das relações que as crianças estabelecem com o mundo. Piaget considera que um dos objetivos principais deve ser ensinar a criança a observar os fatos cuidadosamente, perguntar, interpretar e registrar, e isto é também proporcionado pela informática educativa.

Sabendo disso, o educador deve promover atividades que possibilite aos educandos reconhecer-se como sujeito ativo e participante do processo de aprendizagem, situando-se nos diferentes espaços e tempos existentes, compreendendo as relações através da interação com o meio.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aprendizagem e informática

Segundo Almeida (1999, p.19), apesar de estarmos num momento em que a disseminação do computador na educação atingiu larga escala, o impacto das mudanças que ele pode provocar ainda não ocorreu. O desafio ainda é o emprego do computador como ferramenta educacional com a qual o aluno interage no sentido de resolver problemas significativos. Isso pode ocorrer, por exemplo, através do uso de aplicativos como processador de texto, planilha eletrônica, gerenciador de banco de dados, ou mesmo de uma linguagem de programação que favoreça a aprendizagem ativa – isto é, que propicie ao aluno a construção de conhecimentos a partir de suas próprias ações.

A Mesa Educacional Alfabeto, objeto do meu estudo para o TCC, remete a este objetivo enquanto proposta educacional. Por meio dos softwares, é possível ensinar, aprender, simular, estimular, sob a ótica de uma aprendizagem ativa, estabelecida através da interação do aluno e as respostas do computador, promovendo a participação ativa do aluno. E ele torna-se autor e condutor do processo de aprendizagem, que pode ser compartilhada com o professor e com os demais colegas.