domingo, 28 de setembro de 2008

Weber e os tipos de dominação

As aprendizagens desta semana foram a cerca da teoria de Weber e os tipos de dominação, estudo proposto pela interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade. Para tanto aí vão as conclusões.
Uma área à qual Weber muito se dedicou foi a política e o poder decorrente. Ele interessou-se, por exemplo, por compreender os fundamentos da dominação legítima - aquela que é obtida sem o uso da força ou, isto é, por meio da aceitação. Intrigava-o pensar que, nas diversas formações sociais, existiram sempre os indivíduos que “mandavam” e os que “obedeciam”.
Assim ele identificou três pontos básicos de dominação legítima: a dominação “legal”, a dominação “tradicional” e a dominação “carismática”.
A dominação legal é aquela em que a obediência se baseia na observação de estatutos, leis, normas e acordos estabelecidos em sociedade. É sobre esse tipo de dominação que se assenta o moderno Estado capitalista democrático. Na escola um exemplo deste tipo de dominação, acredito, seja a Eleição de Diretores. A dominação tradicional é aquela em que a obediência ocorre em virtude da crença na "santidade" das tradições, dos hábitos e dos costumes, que devem ser respeitados. É esse o tipo de dominação exercido, normalmente, pelos pais em relação aos filhos. Quanto ao quadro administrativo, neste tipo de dominação, um exemplo que trago da minha escola é a composição da equipe diretiva, escolhida pelos gestores por afinidades, exemplificando uma dominação tradicional, onde o quadro administrativo é formado por pessoas ligadas por um vínculo de fidelidade.A dominação carismática é aquela que se baseia no "carisma" do líder. Esse carisma pode ser definido como uma qualidade, um atributo pessoal da pessoa que exerce liderança, como a coragem, o heroísmo, a forma de se expressar verbalmente etc. A história do Brasil está repleta de líderes políticos carismáticos: Getúlio Vargas, Fernando Collor de Melo, entre outros, que "conquistaram" a população por algumas de suas características pessoais. Nas escolas como exemplificou uma das colegas, um exemplo de dominação carismática são aqueles professores que se destacam entre os outros por suas características de liderança. O mesmo ocorre entre os alunos na escolha do representante da turma, onde os aspectos mais analisados na hora da escolha pelos alunos é a maneira como o colega se destaca, seja na maneira de se expressar com os outros, seja demonstrando coragem e liderança, perante os professores.
Referências
Fórum DI. Net. Disponível em: http://www.forumdi.net/v2/viewtopic.php?f=22&t=41 Acesso em 27 set. 2008.

domingo, 21 de setembro de 2008

Teoria de Maturana

As aprendizagens desta semana são quanto a leitura realizada na interdisciplina Psicologia da vida adulta, e sobre a teoria de Maturana.
Para Maturana o desenvolvimento está fundamentado nas relações, onde o mundo é construído ao longo da nossa interação, entre os sujeitos e com o meio. Fala que a linguagem está fundamentada nas emoções, e que esta é a base para a convivência humana, afirma que [...] o conhecimento não se limita ao processamento de informações oriundas de um mundo anterior à experiência do observador. [...]
Outro aspecto muito interessante na teoria de Maturana é quanto ao encontro com o emocionar do outro, presente nas conversações. Este aspecto, dentro do nosso contexto, enquanto educadores é muito importante, já que sabemos que o “emocionar o outro”, dentro da nossa rede de relações com as crianças é fundamental. Muitas vezes a utilização de um linguajar amoroso e cheio de afeto significa, muitas vezes, o aprender ou o bloqueio da aprendizagem. Assim, muitas vezes o educador alheio a este poder de emocionar o outro, com colocações duras ou até mesmo não demonstrando confiar e acreditar no potencial de um aluno acaba por afetar o seu desenvolvimento cognitivo, bloqueando a superação de dificuldades na aprendizagem.

domingo, 14 de setembro de 2008

Estudo da Constituição e LDB

A reflexão desta semana é a cerca da importância do estudo da Constituição de 1988 e da LDB, tendo como principio que como educadores precisamos compreender como os espaços educativos no Brasil foram construídos e estão se construindo.
Para tanto, se faz necessário compreender o processo de produção e aprovação dos documentos acima citados, bem como fazer uma reflexão sobre as finalidades e as principais mudanças/ inovações que ambas trazem para o atual sistema educacional brasileiro.
É importante destacar que percebi que, ao contrário do que pensava anteriormente, fazer um estudo sobre a legislação não é desnecessário, pois é somente a partir do momento que conhecemos com clareza nossos direitos e deveres que poderemos ajudar a construir o espaço educativo que nos cabe.

domingo, 7 de setembro de 2008

Reflexões sobre educação e sociedade

Segundo a leitura proposta na interdisciplina escola, cultura e sociedade, a educação escolar desempenha um papel de “socialização”, contribuindo para a interiorização pelo indivíduo dos valores da sociedade. Durkheim afirma que os fatos sociais são aqueles que exercem determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a adaptar-se às regras da sociedade em que vivem assim, a vontade e escolhas individuais ficam em segundo plano.
Quando o indivíduo nasce, a sociedade já está organizada, com suas leis, seus padrões, seu sistema financeiro etc. Ao indivíduo cabe aprender, por intermédio da educação, a agir segundo o que a sociedade quer dele.
Para tanto o indivíduo deve passar pela escola e, ao final do curso, mediante diploma, atestar a sua adequada preparação para o exercício das funções que serão exigidas na sociedade.
Um outro aspecto interessante abordado por ele é que, a educação impõe a cultura de que o grupo dispõe, reproduzindo muitas vezes uma educação excludente. É na escola, por exemplo, que as crianças aprendem a pontualidade, o respeito, a responsabilidade em relação ao cumprimento de tarefas, a questão de recompensa, sendo ela também responsável pela preparação de alguns alunos para exercerem responsabilidades no sistema de produção, e outros para obedecer e executar tarefas. Assim, para diferentes classes e grupos sociais, diferentes conhecimentos, no que se refere à quantidade e qualidade, habilidades diferentes para o comando e obediência, tornando legítima a cultura dominante e preparando de modo diferenciado para o trabalho de acordo com a classe social.
No entanto devemos ter em mente que a educação escolar deve assumir a valorização da cultura de seu próprio grupo e, ao mesmo tempo, propiciar à todas as crianças, independente do seu grupo social, o acesso ao saber, construindo assim uma sociedade democrática e não excludente.