Aproxima-se o final de um trimestre e é simplesmente impossível deixar de mencionar a tão problemática avaliação. Alunos nervosos, professores agitados. Falas do tipo “Hoje tem prova de matemática, não sei nada, acho que vou rodar”, são comuns nos corredores da escola. A educação mudou, os métodos mudaram. Nos é proporcionado inúmeros cursos de formação, e ainda a avaliação é motivo de polêmica no ensino. Parece que se não houver a tão temida “prova”, não é possível avaliar o meu aluno. No entanto, foi através das aprendizagens no PEAD que pude aos poucos modificar também esta concepção de avaliação.
Neste sentido, a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação veio a contribuir significativamente nestas mudanças. Assim, compreendi que a avaliação, numa visão progressista, implica num redimensionamento participativo de todos os envolvidos com a educação. Implica numa proposição investigativa diária, real, acerca de como os alunos concebem o conhecimento.
“... A avaliação não poderá ser algo que formalmente se faz apenas para cumprir a lei, ou, num dado momento por razões de ordem exclusivamente administrativa, para atender o calendário do estabelecimento e atribuir nota ou conceito aos alunos, a ser transcrito em seus assentamentos escolares. É, antes, uma existência intrínseca do próprio processo de ensino – aprendizagem, de vez que tanto o avaliador como o sujeito precisam conhecer os resultados alcançados, inclusive para que ambos possam, quando necessário, reorientar suas atividades. Complementando essa linha de idéia, cabe ainda dizer: a avaliação em que pese sua importância, não constitui fim em si mesma, ou algo que comanda o processo de ensino – aprendizagem, antes, pelo contrário, a ele deve submeter-se.” (Parecer 231/82 do CEE)
Hoje em minha prática pedagógica, o uso da avaliação, de caráter obrigatório e como única forma de testar o conhecimento de meus alunos não existe mais. Busco outras formas de avaliar, considerando o indivíduo como parâmetro dele mesmo, o que não significa ausência de critérios e viver de improvisação, ao contrário, é a partir da observação diária do meu aluno, do olhar atento ao caderno e as atividades propostas, que consigo avaliá-lo.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Reflexões sobre minha prática docente
Refletindo sobre a minha prática educativa, em como iniciei e em que tipo de educadora me transformei, acredito que houve significativas mudanças.
Inicialmente, quando comecei a dar aulas, não seguia nenhum método de ensino, tinha apenas a noção de que para educar precisava transformar os alunos em agentes críticos, autônomos e capazes de modificar a realidade social. No entanto, como deveria fazê-lo não tinha a menor idéia. Assim, simplesmente entrava na sala, dava os ditos conteúdos e cobrava posteriormente, através de avaliações, a aprendizagem.
Posso dizer que hoje tenho outro pensamento a respeito do meu papel enquanto educadora, e as aprendizagens no PEAD contribuíram significativamente para esta mudança.
Neste contexto, Paulo Freire em seus livros, nos motiva a abraçarmos a educação de forma objetiva, conscientes e certos de que é possível contribuir para a construção de um mundo mais ético, mais humano e mais solidário, e é nisto que hoje está pautada minha prática.
Diante disso, nas minhas aulas sempre procuro trazer reflexões a cerca da realidade em que vivemos, tendo em vista que é essencial o indivíduo conhecer a realidade em que vive para analisar criticamente a sua posição enquanto indivíduo membro de um grupo social. A partir desta concepção, aprender, não apenas para se adaptar, mas sobretudo para transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a, e é papel do educador, não apenas o ensino dos conteúdos, mas ajudar na formação moral do educando, preparando ele, para não ser apenas um objeto da sociedade, mas um agente transformador da mesma.
Inicialmente, quando comecei a dar aulas, não seguia nenhum método de ensino, tinha apenas a noção de que para educar precisava transformar os alunos em agentes críticos, autônomos e capazes de modificar a realidade social. No entanto, como deveria fazê-lo não tinha a menor idéia. Assim, simplesmente entrava na sala, dava os ditos conteúdos e cobrava posteriormente, através de avaliações, a aprendizagem.
Posso dizer que hoje tenho outro pensamento a respeito do meu papel enquanto educadora, e as aprendizagens no PEAD contribuíram significativamente para esta mudança.
Neste contexto, Paulo Freire em seus livros, nos motiva a abraçarmos a educação de forma objetiva, conscientes e certos de que é possível contribuir para a construção de um mundo mais ético, mais humano e mais solidário, e é nisto que hoje está pautada minha prática.
Diante disso, nas minhas aulas sempre procuro trazer reflexões a cerca da realidade em que vivemos, tendo em vista que é essencial o indivíduo conhecer a realidade em que vive para analisar criticamente a sua posição enquanto indivíduo membro de um grupo social. A partir desta concepção, aprender, não apenas para se adaptar, mas sobretudo para transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a, e é papel do educador, não apenas o ensino dos conteúdos, mas ajudar na formação moral do educando, preparando ele, para não ser apenas um objeto da sociedade, mas um agente transformador da mesma.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Alfabetização e Letramento
Durante as semanas que passaram algumas situações fizeram-me repensar o meu planejamento. A professora titular já havia mencionado sua preocupação quanto as dificuldades dos alunos na leitura e escrita. No entanto, inicialmente, achei que poderia ser um pouco de ansiedade dela e que os alunos aos poucos, no decorrer das minhas aulas apresentariam progressos. Progressos estão havendo, porém ao pensar no projeto, que tem como foco principal a troca de correspondências, não imaginei o quanto seria difícil avançarmos por todas as etapas que a atividade necessita. De cara já me deparei com as dificuldades no preenchimento do envelope, nome completo, endereço, depois a escrita da carta propriamente dita. Precisei realizar primeiro uma simulação, escrevendo uma carta para a professora deles, onde eles íam me dizendo o que escrever e eu fazia a organização no quadro. Enfim, tais dificuldades me remeteram aos estudos realizados na interdisciplina de Linguagem e Educação, no que diz respeito a alfabetização e letramento, e a importância de utilizarmos estratégias de ensino que sejam significantes aos alunos. Até penso que a troca de correspondências contemple tais aspectos, porém alguma coisa está faltando para atender a demanda desta turma e sua dificuldade na leitura e escrita.De acordo com o texto Coesão e coerência, lido nesta interdisciplina, Vidal nos coloca que:
“Investir na exploração de diferentes portadores textuais (receitas, poemas, letras musicais, fábulas, lendas, histórias em quadrinhos, etc.) no trabalho em sala de aula é uma estratégia adequada a ser utilizada pelos professores e professoras que, desta forma, estarão contribuindo para a qualificação da produção textual de escritores iniciantes.”
Assim, pensando na qualificação das produções textuais dos alunos e também ampliando o contato e vivência dos alunos enquanto leitores, em meus planejamentos irei investir mais em diferentes portadores de texto.
“Investir na exploração de diferentes portadores textuais (receitas, poemas, letras musicais, fábulas, lendas, histórias em quadrinhos, etc.) no trabalho em sala de aula é uma estratégia adequada a ser utilizada pelos professores e professoras que, desta forma, estarão contribuindo para a qualificação da produção textual de escritores iniciantes.”
Assim, pensando na qualificação das produções textuais dos alunos e também ampliando o contato e vivência dos alunos enquanto leitores, em meus planejamentos irei investir mais em diferentes portadores de texto.
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