Refletindo sobre a prática docente, um dos aspectos que acredito ser importante destacar é a importância do brincar. Tenho observado, e não são poucas vezes, muitos colegas usarem como punição ao mau comportamento a retirada do recreio, momento que os alunos possuem para poder extravasar, conversar, pular corda, correr, enfim, brincar. Outra coisa que me chama atenção é a ruptura que ocorre quando os pequenos saem do 1º ano e passam para o 2º. Antes estavam acostumados com uma rotina, rodinha, hora do brinquedo, higiene, atividades. Quando avançam para o ano seguinte me parece que passam a ser adultos. Os momentos da rodinha e do brinquedo acabam, a preocupação dos professores, em sua maioria, é alfabetizar. No 3º ano então nem se fala, muitos colegas nem cogitam a idéia do brinquedo. Isto porque o brincar é encarado por muitos professores como sendo uma tarefa improdutiva, e que os alunos estão na escola para aprender e não para brincar.
Entretanto, não sabem estes professores, o quanto é importante o brincar no dia a dia das crianças, pois ajuda a desenvolver algumas capacidades como coordenação motora, atenção, raciocínio lógico. Também estimula a socialização, a imaginação e a criatividade. É através de suas brincadeiras que as crianças expressam, elaboram papéis, desenvolvem seus sentimentos, assimilam e exploram o mundo. De acordo com Vygotsky, 2003, p.108:
“A brincadeira expressa a forma como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo a sua maneira. É também um espaço onde a criança pode expressar, de modo simbólico, suas fantasias, seus desejos, medos, sentimentos agressivos e os conhecimentos que vai construindo, a partir das experiências vividas.”
Assim, em minhas aulas, a fim de resgatar a ludicidade e também o relacionamento e respeito entre os alunos, estou propondo a hora do brinquedo, momento este em que também poderei observar como cada um deles aprende, se relaciona, se expressa e levanta hipóteses, porém respeitando sempre o rumo da brincadeira, aceitando o seu caráter aleatório e improdutivo, característico do brincar.
Um comentário:
Olá, Karina!
A postagem está bárbara, pois exemplificas situações do dia-a-dia trazendo tuas ideias e conceitos em relação ao tema abordado. Além disso, procurastes inserir teorias que comprovem teus argumentos.
Grande abraço, Anice.
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